Em março de 2023 aconteceu a Additive Manufacturing Users Group (AMUG) Conference, uma conferência sobre impressão 3D que acontece anualmente em Chicago. O evento reúne diversas personalidades do ramo e é composto por diversas palestras, mostras e bate-papos que dissertam sobre as principais tendências e inovações tecnológicas da impressão 3D.
Aqui na Protosul, sempre buscamos formas de melhorar os nossos serviços prestados, por isso, não poderíamos deixar de comparecer a esse evento. Na AMUG Conference, pudemos agregar conhecimento e descobrir novas formas de trabalhar com impressão 3D – e, ao longo do tempo, pretendemos que essas inovações sejam agregadas aos nossos processos. Você não perde por esperar!
Mas, enquanto isso, que tal conhecer mais sobre as tendências apresentadas na Additive Manufacturing Users Group Conference? Confira o artigo a seguir!
O método tradicional para a confecção de moldes para peças de silicone é feito normalmente através da usinagem. Ele costuma ser feito para a produção em massa, mas quando se trata de prototipagem ou pequenos lotes, o processo convencional pode se tornar muito caro.
Para solucionar esse contratempo, a impressão 3D é o método ideal. Com a tecnologia SLA, é possível obter o molde perfeito para injetar as peças de silicone, com um custo acessível e em tempo reduzido – em questão de horas, tudo fica pronto!
Cada método de impressão 3D possui seus prós e contras, e o acabamento das peças é um ponto que pode ser prejudicado em tecnologias como a FDM, afinal, quando a peça sai da máquina, as linhas de impressão ficam visíveis e pode ser algo indesejável.
Aqui na Protosul, solucionamos essa questão com o lixamento, feito por profissionais com amplo conhecimento no assunto. Mas você sabia que esse trabalho também pode ser feito por máquinas? Na AMUG Conference foram apresentados equipamentos que fazem esse processo rapidamente, sem precisar de envolvimento humano. Com isso, os custos finais são reduzidos e o resultado é otimizado.
Veja a seguir o exemplo da máquina da empresa Bel Air:
Este equipamento centrífugo foi uma das soluções apresentadas na conferência de Chicago, e se trata de uma máquina com pequenos pedaços de cerâmica dentro. Quando a peça impressa em 3D é colocada no equipamento, ele começa a rotacionar, causando um atrito que acaba retirando as pequenas imperfeições e rebarbas da peça.
Nos dias atuais, os softwares CAD (computer aided design) convencionais para modelar peças possuem interfaces não muito amigáveis para o processo de impressão 3D e isto pode ser um problema ao modelar peças complexas para o processo de impressão 3D
Mas a boa notícia é que vêm sendo desenvolvidos novos programas, especialmente pensados para a criação de designs otimizados para a impressão 3D. Eles permitem que o usuário faça projeto mais “malucos”, e que podem utilizar menos materiais por exemplo, do que se fossem fabricados das formas tradicionais. Isso resulta em um processo mais barato para as empresas, além de levar em conta uma melhor otimização para cada peça (como eficiência, menor peso, geometrias orgânicas e etc.).
Um exemplo de design otimizado para a impressão é a poltrona (imagem abaixo) idealizada pela artista Lilian van Daal. Ela explorou toda a complexidade e as possibilidades da impressão 3D, levando em conta a flexibilidade e rigidez dos materiais para criar um projeto que só é possível com softwares mais modernos.
A impressão 3D em metal é uma das soluções mais procuradas por grandes indústrias, porém essa utilização ainda é escassa no Brasil devido ao alto valor dos equipamentos que realizam esse processo – o custo dos equipamentos ultrapassa a casa dos milhões de reais.
Uma das soluções encontradas (e que já é implementada aqui na Protosul) é a utilização dos filamentos metálicos que podem ser utilizados na tecnologia FDM (a opção mais em conta para impressão 3D). Entretanto, esse método ainda tem algumas limitações e não pode ser utilizado em qualquer projeto.
Nesse sentido, a pasta metálica foi uma das soluções apresentadas na AMUG Conference. Essa tecnologia se chama Metal Paste Deposition, ou MPD, e permite obter peças metálicas com um custo de equipamento muito mais em conta. E o melhor: para finalizar, a peça só precisa passar por um processo de sinterização, no qual é colocada em um forno com alta temperatura como parte do seu pós processo.
Um case bem interessante que foi apresentado na AMUG Conference fala sobre as possibilidades de customização possíveis com a impressão 3D. Por exemplo, a empresa Razor Maker, uma linha especial da Gillette, que apresenta aparelhos de barbear com designs diferenciados e que só são possíveis com a impressão 3D.
Com isso, além da Gillette inserir um produto diferenciado e autêntico no mercado, a impressão 3D possibilita que a empresa customize suas peças com diferentes materiais e cores, custo acessível e sem precisar de moldes ou ferramentas específicas, bastando apenas uma impressora.
Além das aplicações que já citamos, a impressão 3D é tão inovadora que pode ser utilizada em ramos não tão óbvios, como as indústrias de defesa e aeroespacial.
A indústria aeroespacial é uma das mais ricas do mundo, o que permite que utilizem impressoras 3D altamente tecnológicas e diferenciadas. Com isso, podem desenvolver ligas metálicas específicas para cada demanda, podendo se obter resultados como resistência térmica e rigidez muito superiores aos métodos convencionais. Além disso, utilizam as geometrias complexas, que só são possíveis com a impressão 3D, para ter mais eficiência e resistência nos componentes – que passam por elevadíssimos esforços mecânicos e térmicos.
Já na indústria da defesa, a utilização da impressão 3D vêm de longa data. Na AMUG Conference, foram apresentadas diversas utilizações, que vão desde pequenos dispositivos, que auxiliam os soldados em campo de batalha, até hélices de navios.
Gostou de conhecer as tendências da impressão 3D mostradas na MUG Conference? Então siga acompanhando o nosso blog e fique por dentro de tudo o que diz respeito a esse assunto!